Líderes mundiais começaram a se reunir em Sharm El Sheikh, no Egito, para discutir as mudanças no clima. A 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP27) começou no domingo (06/11) e vai até 18 de novembro com a participação de cerca de 100 chefes de estado e de governos, além de milhares de delegados e representantes da sociedade civil.
As conversas centrais da COP27 serão guiadas pelos debates acerca do novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que analisa as vulnerabilidades, as capacidades e os limites do mundo e da sociedade para se adaptar às mudanças climáticas.
Durante o evento, o Brasil vai mostrar ao mundo seu potencial de geração excedente de energias verdes. O país conta com 84% de sua matriz de energia elétrica de fontes renováveis, frente aos 27% da média mundial.
A geração de energia solar e eólica, por exemplo, bateu recordes de produção neste ano, com 14 GW e 22 GW, respectivamente. Somadas, essas duas fontes são suficientes para fornecer energia limpa para mais de 40 milhões de brasileiros.
O Governo brasileiro vai, também, apresentar as políticas públicas para incentivar a geração de mais energia limpa. É o caso de uma portaria interministerial publicada pelos Ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente que dá mais um passo para a exploração das eólicas marinhas, chamadas de offshore. Com ventos constantes e sem tempestades, o Brasil tem potencial para gerar 700 GW em alto mar – que corresponde à energia gerada por 50 usinas de Itaipu Binacional.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, todas estas energias renováveis e limpas excedentes poderão produzir hidrogênio e amônia verdes e transformar o Brasil em um relevante exportador mundial de energia.
Durante a COP27, o Brasil terá a maior presença de sua história em uma Conferência do Clima. O pavilhão vai sediar o seminário “Energia, Indústria, Agro e Investimentos Verdes” e terá a participação, além do Ministério do Meio Ambiente, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).
Ao longo de toda a conferência, serão realizados painéis com a participação de integrantes do Ministério do Meio Ambiente e de outros ministérios, executivos de grandes empresas e representantes da indústria, do agronegócio e do comércio exterior para apresentar ações que contribuam para que a economia se torne neutra em emissões até 2050.
O evento terá transmissão ao vivo e interação com participantes e autoridades que estarão em Brasília, direto do estúdio da CNI. O Ministério do Meio Ambiente e a Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema) trabalham em parceria para que o Brasil seja bem representado durante a COP27, com apresentação de casos de sucesso relacionados a bioeconomia, ativos ambientais, restauração florestal e diversos mecanismos para reconhecer e remunerar quem cuida e protege as florestas.
A programação completa do pavilhão brasileiro será disponibilizada no site do Ministério do Meio Ambiente. Todas as discussões poderão ser acompanhadas pelo YouTube.